Se alguma vez, sereia, te amei sem ter noção,
Que tinha tudo que um homem deseja e quer,
Porque a vida e todos os motivos da emoção,
São frutos que só brotam do corpo da mulher;
                
Se alguma vez, naiáde, da tua boca medicinal,
Bebi sem gratidão, mesmo saindo embriagado,
E talvez por pensar que toda fonte fosse igual,
Saí sem agradecer o remédio que me foi dado;
 
Se alguma vez, jandaíra, sorvi o mel absoluto,
Que só teus lábios têm e abelha nenhuma faz,
E me fui sem registrar a qualidade desse fruto;
 
O! Perdoa-me, tu que me inspirastes este livro,
Porque na minha cegueira infantil e contumaz
Eu não via que tu eras a razão de eu estar vivo