Fantasmas

Na cratera cardíaca do peito,

Onde jazem espíritos profanos,

Ininterruptamente todos os anos,

Exuma-se um suicida contrafeito.

Redivivos reviram-se no leito

Fúnebre, de perdidos desenganos,

Afogados como ébrios escafandros

E eu reviro-me aqui do mesmo jeito.

Notívagos e pálidos fantasmas,

Que comigo permutam ectoplasmas,

Na triste comunhão dos desvalidos...

Saem assiduamente aos novilúnios,

À espreita vomitando os infortúnios.

De não poucos amores foragidos.

Aracaju-SE., 12/ 08/ 2015

Um Piauiense Armengador de Versos
Enviado por Um Piauiense Armengador de Versos em 14/08/2015
Reeditado em 16/08/2015
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