Delírio à Beira da Cova

Medo de descer na cova e morrer

Arrefece a noite escura da má sorte

Na morosa cizânia da etérea corte

Aturdido raramente sem recorrer.

Alcoólatra acético cogitava premer

Naquele destino no cemitério norte

E aquela beleza carismática da morte

Fui dela e seus dados malditos a fremer.

Mas na degola usual dos infernos

E os malefícios do sangue aos internos

Num castigo emudecido da sepultura.

No perene horror da dor dos invernos

Nos cadáveres dos assassinos eternos

Condenadas da sorte na torpe loucura.

DR PAVLOV

Dr Pavlov
Enviado por Dr Pavlov em 21/06/2007
Reeditado em 10/10/2008
Código do texto: T535706
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