Delírio à Beira da Cova
Medo de descer na cova e morrer
Arrefece a noite escura da má sorte
Na morosa cizânia da etérea corte
Aturdido raramente sem recorrer.
Alcoólatra acético cogitava premer
Naquele destino no cemitério norte
E aquela beleza carismática da morte
Fui dela e seus dados malditos a fremer.
Mas na degola usual dos infernos
E os malefícios do sangue aos internos
Num castigo emudecido da sepultura.
No perene horror da dor dos invernos
Nos cadáveres dos assassinos eternos
Condenadas da sorte na torpe loucura.
DR PAVLOV