- Virás comigo? Perguntei sem convicção,
Pois que já sabia qual seria a tua resposta.

Para mim não havia pecado e nem perdão
Mas somente uma questão que fora posta,
 
Repeti – vem comigo! E eu, cego não via,
Que não tinha direito de fazer tal sugestão.
Até ignorei uma solitária lágrima que saia,
Naquele esforço que tu fazias por um não.
 
E quando pedistes por um derradeiro beijo,
Vi em teus olhos o irresgatável condenado,
Que está tentando realizar o último desejo.

Como impedir aquela inevitável separação,
Se nós sabíamos que as raízes do passado,
Não se arrancam com uma simples decisão?