ANCIÃO LIBERTO
(sn/54)
Pelo caminho entrou alto e silvestre
Sem temor seguia e seu olhar volvia
A terra bebia seu suor de mestre
Em palidez e sonho o cansaço o inquiria.
Desafia, na treva do sono, a longa travessia
Multidão acorrentada em espaços angustiosos
Sem mancha, imaculado, penava e não compreendia
À sombra da tarde se move, desperta e se extasia.
Sem crime, do abismo infernal, sem dor submergia
Precipitado ao negro poço em tormento maldito
Sem luz, em padecer horrendo, sua pena cumpria.
- Roubaram-me a vida! O que me foi feito?
Os desejos doridos a recordar - Fim maligno, absorto
A sombra da tarde tomba o coração quieto do ancião.
(sn/54)
Pelo caminho entrou alto e silvestre
Sem temor seguia e seu olhar volvia
A terra bebia seu suor de mestre
Em palidez e sonho o cansaço o inquiria.
Desafia, na treva do sono, a longa travessia
Multidão acorrentada em espaços angustiosos
Sem mancha, imaculado, penava e não compreendia
À sombra da tarde se move, desperta e se extasia.
Sem crime, do abismo infernal, sem dor submergia
Precipitado ao negro poço em tormento maldito
Sem luz, em padecer horrendo, sua pena cumpria.
- Roubaram-me a vida! O que me foi feito?
Os desejos doridos a recordar - Fim maligno, absorto
A sombra da tarde tomba o coração quieto do ancião.