A FÉ DA FALSIDADE

Não tenho fé no Deus dos homens bons,

Nem no dos homens maus aqui na terra,

Pois a ferida aberta sempre encerra

Em vãos conflitos de distintos sons.

As vãs religiões mantêm os tons

Diversos, para o mundo entrar em guerra,

Tal como uma criança que só berra

Na fútil luta por comer bombons!

Deus suporta um negócio lucrativo,

Embora dele já me então esquivo,

Porque não sou um homem de olhos cegos...

Pois enganada vive a humanidade

Quase toda, na fé da falsidade,

Como moscas sugadas por morcegos!

Ângelo Augusto

Ângelo Augusto
Enviado por Ângelo Augusto em 04/09/2015
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