Viajante
Quem há de entender
minha alma inquieta
que abre asas ao anoitecer
a vida liberta.
E revoando pelos campos,
vales e pontes,
perde seu manto
somente a luz do sol brilhante.
Encontra o corpo a que está ligado,
quer repousar
de uma noite não dormida.
Corpo absorto,
olhar quase vidrado,
mas sai da cama para encarar a lida.