Sou o que sou...


Sou o que sou, nem mais nem menos do que deveria,
Algumas vezes sou brisa suave que transmite calma,
Então, sou vento forte que convertes em calmaria
E, em outras, sou o tufão que destrói a própria alma.

Por vezes, sou transparente como límpido cristal,
Em outras, impenetrável como recôndito segredo,
Algumas vezes sou luz e em outras sombra sepulcral,
Sou ora sorriso de alegria ou a tristeza do degredo.

Retino, por vezes, as baladas límpidas de um sino
E, logo em seguida, recolho-me em meu mutismo,
Vezes sou ancião que preserva a alma de menino...

Sou assim, a cada instante, inteiramente controverso,
Bipolar, por certo, em tudo, salvo no constante lirismo,
Quando retido em teus braços, absorto em teu universo.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 16/09/2015
Reeditado em 16/09/2015
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