Alma livre, alma ardente de amor.

Torturam-me o correr dos dias,

Enquanto vejo minh'alma tão vã

Correndo solta atrás do afã

De ter em si o seu maior querer.

Cercam-me tão ferozes harpias,

A rir do meu sonho doce, banal;

A medir, no meu passo, um fatal

Destino, que vai me matar, doer.

Que venham as horas da grande dor!

Eu deixo a alma voar na rua,

Eu deixo que ela siga, tão nua

A buscar um punhado de amor!

E, quem achar que pode me vencer,

Saiba: sei bem como me reerguer!

Thaís Soledade
Enviado por Thaís Soledade em 21/09/2015
Código do texto: T5389868
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