SONETO SINCERO

Despeço de tuas querências c'o olhar sereno
Dos momentos vividos, farei deles um abrigo
Na minh'alma guardar-te-ei como velho amigo
Nos pontos e vírgulas, sem mais delongas, enceno

Um soneto sincero, entrelinhas dos versos puros
Audaciosos corações postos em cima de muros
Despedidas levam consigo histórias e loucuras d'amor
Nas reticências, olhares inda não impedem o calor

Perde-se a razão e o juízo para o amor e sedução
Ondas inebriantes d'uma amiga e intensa atração
Queda livre aos adocicados beijos num toque de mão

Não há o ponto final desta química quando dela se atrai
São armadilhas onde o 'não' desconhece a razão e vai
Pra onde o juízo pede um abrigo bem distante do coração...


 
Simone Medeiros
Enviado por Simone Medeiros em 24/09/2015
Reeditado em 01/12/2016
Código do texto: T5393513
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