Soneto Natural

Só quem não amou odeia,

Inatural como este sentimento.

Só quem não ama o semeia,

Nas forças dos quatro ventos.

Senti-lo é envenenar-se

Esperando que o outro morra.

Do rancor e magoa ele nasce,

Na espera que o outro ati corra.

Amemos como a última vez,

Sabendo do instante que somos.

Sem guardar o mal que fez

Teu irmão contigo.

Vamos sabendo o que fomos,

De mãos dadas como amigos.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 01/10/2015
Reeditado em 01/10/2015
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