A gosto

O gosto do desgosto amargo,

Em cada rosto sem afago.

Diz em olhar pesado,

As agressões do mundo acamado.

O gosto da insípida paz,

É morno para se cuspir.

Prefiro a guerra que satisfaz,

À amoral que me tenta vestir.

O gosto dissoluto do amor,

Perdido no individual sentir.

É a centelha do rancor,

Da magoa que insiste emergir.

Só o amor, a verdade liberta,

Mesmo em dor, só ela concerta.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 01/10/2015
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