A poesia negra (Ao Péricles Ventura Neto)

Ao Péricles Ventura Neto,

Ó treva tenebrosa, escura, sedutora...

Que a Lua nos resplende eternamente, amigo!...

Assistes ao morcego escuro que ele adora,

Tens maldito palor e sempre estás comigo?!

Que nada, esse esplendor lunar que brilha e cora

No nosso doce olhar do sinal inimigo,

Como o mal do caixão latente inda decora...

Que em ti hás de sentir a beleza que eu ligo.

Queres ver o defunto horroroso e fedido,

Mas que a cova horroriza em morte atra e perversa,

Fitando o teu temor lânguido e até perdido.

Em belo goticismo, amigo eterno, anele-o!

Escutas o anelar, que o teu soneto versa,

Porque tens coração poético e és um gênio.

Lucas Munhoz - (05/10/2015)

Lucasmunhoz
Enviado por Lucasmunhoz em 05/10/2015
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