Soneto a Deus

Enquanto nego-me, renasço,

Num mundo que não me tem.

Já não sou eu que me faço,

Enquanto busco a nova Jerusalém.

Nesse mar de estardalhaço,

Sigo contra as ondas que vem.

Temendo, com medo e cansaço,

Ainda prossigo cantando, amém!

O peito com marca que me aproxima,

Do amor maior que não descrimina,

É morada do Deus sem rima.

O Deus que dos seus olhos sou menina,

Dá perdão ao antes perdido.

Transformando o coração dantes entristecido.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 06/10/2015
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