soneto de despedida...


Os olhos não viam,pareciam cegos...
Ainda que o coração não chore ou grite,
Sofri desta dor cruel,deveras,não nego!
As horas do partir,vazio tempo que aflige.

A ventura de reencontro,assim, quem dera...
Ah!Fugidios planos de incerta esperança.
Onde estaria perdido brinquedo de criança?
Sentir , da amada primeira,o beijo, quisera...

Branco papel impresso na despedida,
A esmo,caído onde, se lia “felicidade”
Apagou com o tempo,lembranças da vida...


Ai!Que a realidade desponta com a aurora!
Ao passado viajo ,secreta ponte de saudade,
Ingênua ,alma tola ,sonhos vagos d’outrora...