Soneto de escrivaninha

De cada som me apodero,

E recrio uma sinfonia.

Das palavras tomo a que quero,

Sem muito jeito ou maestria.

Da métrica fujo de reto,

Como quem foge da agonia.

Corro livre e incerto,

Nos versos da poesia.

Voando, vou-me até acerto,

O resto de uma cantoria.

E sem pausa canto, incorreto,

Longe da esquecida harmonia.

Tentando trazer bem pra perto,

Aquele ar de nostalgia.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 09/10/2015
Código do texto: T5409130
Classificação de conteúdo: seguro