Doces lembranças


Realmente não sei se os momentos que ora vivo
São mais felizes ou infelizes que os de antes,
Quando, preso em seus braços como amantes,
Não se sabia qual dos dois era o mais cativo.

Voávamos enternecidos para nossos recantos,
Inebriados de amor, ensandecidos, meio bobos,
Ao sorvermos simultâneos nosso deleite de lobos,
A uivarmos aos céus, no gozo de tais encantos.

Réstias do que éramos, tantas imagens confusas
Vêm à mente, detalhes de seu corpo, de seus pés
Que mos concedia dolente como deusa, como musa.

O palpitar de seus seios, o sussurrar suave de sua voz,
O sabor de nossos néctares, essência mesclada ao café,
São doces lembranças para sempre guardadas em nós.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 20/10/2015
Reeditado em 20/10/2015
Código do texto: T5421211
Classificação de conteúdo: seguro