A catástrofe da Gravidade

Imerso na observância da matéria,

repiso o chão da humana inteligência,

desde a egípcia alquimia e a obsolescência

da consideração mística e etérea,

até a apreensão moderna e deletéria,

que de Dalton quebra o átomo e, na ausência

de escrúpulo, corrompe a sua essência

e faz do ser humano, bactéria.

Porém não mais se existe sem tua luz;

ó, Curie, Darwin, Bohr, Oswaldo Cruz!

que a natureza é obscura e espanto medra.

E Avança o brilho, ao longe, de um cometa,

e eu, prestes a morrer em meu planeta,

entendo, ó Newton, teus corpos em queda!

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 24/10/2015
Reeditado em 24/10/2015
Código do texto: T5425586
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.