DES-ENCANTO

Ah! Se soubesse por onde tu andas!

Estaria triste, perdida, adivinhando

Um rosto cantando mesmo chorando

Sabendo-te nestas horas brandas

Ouço bem longe um forte lamento

Um coração ardendo em tormento

No mar a Lua prateia quais destinos

Num corpo oculto dois peregrinos

Mas, não sabendo ver, só um vulto

Na vida ausente, segredo astuto

Rosto vidrado, um peito cravado

Febre doída à espera do amado

Numa tarde campina o desencanto

No teu lugar encontrei este pranto

24/10/2015.

Esperança Vaz

Esperança Castro
Enviado por Esperança Castro em 24/10/2015
Reeditado em 25/10/2015
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