A Morte e a Barca
Navegar no coração do inferno
No Estige na barca de Flégias
Eterna noite do canto no inverno
Com condenados no azar de Frigias.
Saudosismo do berço de um interno
Sem consolo nos versos de Virgilio
Desenho letras no olhar sem cílio
Choro e nos lábios mordo o eterno.
Enfim vou pagar na falha bem sei
A um pesadelo que jamais pensei
Que o Diabo iria então me condenar.
Muito forte o castigo ainda não sei
Para as entranhas da terra voltarei
No último repouso para enfim penar.
DR PAVLOV