Algoz

Eu, que sempre fui moça faceira
Fantasma de amor de novo me enlaça
E eu, que nunca fiz o tipo devassa,
Jamais hei de parecer uma freira

Tu, verdadeira rede traiçoeira
Te armas de doçuras e me caças
Já me enganaste, caí em desgraça
Sofri, mas não perdi as estribeiras

Não sou mais um simples Passarim
Atrás da flor perfeita, de meu néctar
Demorou, mas sou ave esperta, enfim

Cresci e não caio presa em tua teia
Escapei da tua cantada incerta
E agora sou o algoz que te estapeia
 
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Bom domingo procês!