Oxítono

Não sei se os meus versos são de pó...

Fortes, posso bem ver que não os são,

E nem ao menos belos, sei que não,

Pois quase nunca falo que estou só.

Talvez a força venha no final,

Quem sabe os cabelos tragam paz.

Vejo apenas a rima indo atrás,

Do que sobra da estrofe mais boçal.

Mas não quero conceitos de jardim,

Já que não planto a dor a quem não tem,

E ao menos faço as malas, pego um trem.

Se a vida é boa, só mesmo no fim.

Porque força procuro em cada ser,

E sou assim até mais força ter.