Perene

Tempo parou sobre a canção

Pela face eterna no mármore,

Por qual tão bela se apaixonou

E ainda ladra como em oração.

Horas implacáveis e sinceras,

Beija a ferida derradeira,

Diz: Tais sensações tão efêmeras!

E vós tornais triste marinheiro.

Perene doce este anjo austero,

Peito que parte em desespero

Por amável sorriso severo.

Nice daquele dia distante,

Sentencia a verdade esquecida:

Sem voltas há para o viajante.

Ariel Lira
Enviado por Ariel Lira em 09/11/2015
Código do texto: T5443184
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