Ditongo
O que lhe arde vil por entre encantos,
Que lhe quebra as cadeiras em tormento,
Hei de ocultar enfim, em vão momento,
E então deixar cair aqueles mantos.
Quando em contra partida, encontrar,
Tão só e um só vestígio de um agora,
Enfeita a cara e então vê se melhora,
E vai por fim fingir que não tem ar.
Apressa ao passo, volta bem mais cedo,
Esfria os nossos cantos de concreto,
Apaga tudo aquilo que é correto,
E vem quebrar o acento do seu medo.
Aquilo que de tarde encanta a nós,
É só o encanto de se estar a sós.