Texto Justificado

Trabalho em minhas noites por você,

Por tudo o quanto não vivemos, pois

Sei que de suas letras há um depois

E sei que depois há o nosso clichê.

Por trinta e cinco passos caminhei,

Vestido da razão pura, ou de sorte,

Esforçarei meus versos, e em corte,

Oferto-lhe estas veias, faça a lei.

Nos dias que da folha não quer nada

Nada escrevo em meu luto e luto só.

Mas no final eu quero tanto seu dó,

Que lhe falo por versos e em virada

Viro o vidro e quebrado em meus ais

Eu mostro os nossos tantos animais.