Sonetto II ("Sê tudo o que puderes no que fazes")

Sê tudo o que puderes no que fazes.

Jamais deixes de abrir os braços teus

Aos que te apedrejarem: são fugazes

Os dias de terror perante a Deus.

Sê pleno em compaixão; nunca te abrases

O peito ao te oprimirem fariseus:

Se a vida é cheia de doridas fases,

Cheio de gozo é o derradeiro "Adeus".

E quando aos pés dos astros te prostrares,

No Sumo Altar de todos os Altares,

Ao som da Lira, enfim serás benquisto;

E o Sino da Manhã, sublime arauto,

À Terra, em dobres mil, dirá bem alto

Que um novo Santo foi juntar-se a Cristo!

Pe. Homero Madoll

Pároco da Igreja de Nª Sra. do Desassossego

Homero Madoll
Enviado por Homero Madoll em 27/11/2015
Reeditado em 28/11/2015
Código do texto: T5463078
Classificação de conteúdo: seguro