INGLÓRIA

O que mostram meus olhos, minha face?

O silêncio que esmaga e desilude?

Do sofrer, sofra eu só, tal inquietude

se aquebrante em mim mesmo e me traspasse.

Sacrifico minha alma nesse impasse...

Desconheces que ofendo-te a virtude?

Minha glória imolada à plenitude

da denúncia cruel do ruim enlace.

De ternura e respeito é vosso agrado!

Não mudei! Demudei! Estou mudado?

Nesta inglória te amo e te respeito!

A minha honra quebrada é holocausto

evitando um desdouro mais infausto...

Não sou rude nem mau, sou imperfeito!