Soneto amores perdidos
Como gotas de chuva ao chão
Desfazendo-se aos poucos entre as pedras
São lançados todas tuas angústias e decepções
Sem encontrar seus destinos, amores perdidos.
As recordações de jardins em lírios
Agora são visões palpáveis em espinhos
Manchando a cor branca do vermelho
De lágrimas tristes, amores perdidos.
Vi teu chorar e olhares perdidos à janela
Pensamentos tão distantes ao longe
Só tu sabes o que tens atrás de um falso riso.
O amanhecer da tua esperança só depende de ti
Idem, o amanhecer da escuridão do teu olhar
Pois sei bem, ainda está no breu, amores perdidos.