Rastros derradeiros
Rastros derradeiros
Eu cansei de lutar na escuridão,
numa guerra infeliz de um alto preço.
Eu preciso de luz, sei que mereço,
pois é feito de amor meu coração.
Bem-te-vi, lá na mata em solidão,
sempre disse que viu, eu não me esqueço.
Viu o quê? Viu as dores que eu padeço?
Mas senti-las, não pode, eis a questão.
Já cansei de assistir cenas horríveis,
sou do grupo, talvez, dos mais sensíveis...
Eu não posso fugir da minha meta.
Partirei, fugirei para a floresta,
é pra mim, simplesmente, um fim de festa,
são os rastros finais deste poeta.
Gilson Faustino Maia