Cova Rasa
Uma dúzia de pobres almas no féretro
Seis bastardos e algumas megeras
Quatro mundanas choram como feras
Doze abjetos amigos deste espectro.
Dois cafetões e uma fera são letrados
Um bedel, um maçom com bigode.
Um coveiro mal nutrido se sacode
Por comer barro dos desesperados.
As damas da noite saem de fininho
Sapatos sujos de certo cemitério
Saia de tecido negro do império.
Cova rasa com esquife pobre no ninho
Pouca carne para os malditos vermes
Numa quadra decrépita e inerme.
DR PAVLOV