Soneto do Sertão
Naquela casinha, perto do outeiro
foi onde eu passei minha infância
da minha janela, à meia distância
berravam o bode e o carneiro
Bem cedinho, com a alvorada
do sono tranquilo eu despertava
e por todo quintal caminhava
cantava, cantava e encantava
Ao som da alegre canção,
composta pela cachoeira
passarinhos voavam dispersos
e eu debaixo da aroeira,
me punha a fazer versos
exaltando o meu sertão