Palavreiro
Palavra no palato, mais que o ato,
É a letra em pele, plebe em euforia.
O ato em prosa é palato e poesia
Que entala alguma rima por contrato.
A pele muda o verbo aberto e mudo,
E versa sobre a crua carne magra.
E a carne em verbo ser agora flagra
A pele que esta nua, mas contudo,
Esconde sua cor que eu sei de cor.
A língua no palato em céu sereno,
Em ato escorre letras pelo dreno,
E manda ao léu seu verso de melhor.
Mas a palavra fala em carne e pele,
Pede prosa que por ela então vele.