NADA MAIS!

Junto ao mar sentei-me calmamente,

Olhando o Céu pesado e pardacento,

Me perguntei o por que desse lamento

Que saia das coisas vagamente...

Observando que se erguia gravemente

A sua voz trágica e rouca, enquanto o vento

Passava montado nas asas do pensamento

Que busca e hesita, inquieto e intermitente,

Interroguei sobre o desejo que tortura

Os seres elementares, força obscura?

Em volta de que idéias gravitais?

Mas na extensão onde se esconde

O inconsciente imortal, não me responde

Só dá um trágico gemido, e nada mais!!!

Oziris
Enviado por Oziris em 10/01/2016
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