NADA MAIS!
Junto ao mar sentei-me calmamente,
Olhando o Céu pesado e pardacento,
Me perguntei o por que desse lamento
Que saia das coisas vagamente...
Observando que se erguia gravemente
A sua voz trágica e rouca, enquanto o vento
Passava montado nas asas do pensamento
Que busca e hesita, inquieto e intermitente,
Interroguei sobre o desejo que tortura
Os seres elementares, força obscura?
Em volta de que idéias gravitais?
Mas na extensão onde se esconde
O inconsciente imortal, não me responde
Só dá um trágico gemido, e nada mais!!!