Vinhestes

Vinheste sem esperar o vento da paixão, que agora invade o peito

Fostes ventania, enquanto deseja brisa, roubaste a solidão do dia

Agora a saudade se faz lembranças no deserto de não te ter aqui

Gritaste em meu quarto vazio de amor, e cheio de mim vazio...

Pintaste as cores no cinza que havia em minha alma branca e preta

És dama de ouro, no baralho embaralhado da vida que chega ao sol

Rompeste os caminhos não pisados por terem esquecido o tempo

Deixando tuas pegadas vivas, jogadas na vida, reaprendendo amar

Chegastes em um dia triste, em que sangrava a dor do não viver

Enfeitaste a casa, embelezastes o mundo e a mim não pediste nada

Apenas segurar tuas mãos, só falastes com os olhos da alma rebelde

Se aninhastes em meu peito, sem pedir deleito apenas um beijo.

Fizeste morada no meu coração que agora não te esquece, desejo

Brindastes a vida esquecida no amar aliviado de se dar novamente

Texto dedicado a minha querida Mari