SAUDADES DO CAMPO E DO MATO
Que saudade da infância, da vida no campo,
Do verde e do cheiro inebriante das matas,
Das redes de cipó entrelaçando as árvores,
E meus pés infantis, chapinhando no regato
Ah quanta doçura no descortinar dos prados,
Quantos sonhos haviam nos seus horizontes,
Que fulgor, que poesia no sol descambando,
Que pureza me traz, rememorar este encanto
Mas tudo desapareceu nas veredas do tempo
Quando afastei de mim e decidi me cegar
Ah, que falta sinto daquele viver tão pacato
Oh quimeras deste tempo feliz que ora relembro
Pois só assim posso sentir novamente o frescor
Da velha alma cimentada, travestida de mato!