"Quem ri por último é porque não entendeu a piada" (parachoquenado a sátira)
Parachoqueando a sátira
Há coisas colocadas num poema,
que o transformam numa coisa feia.
Por exemplo, a privada da cadeia,
uma bufa fedida no cinema;
um qualquer a falar da vida alheia,
uma crosta de pus num eczema;
um tolete na areia de Ipanema,
um drogado a furar a própria veia.
Mas no feio também há poesia!
Há beleza no triste e, quem diria,
até numa piada de salão.
Mas pra ver ou sentir certa beleza
é preciso manter a mente acesa,
a iluminar as brenhas da razão.
A sátira, meu caro, queira ou não,
pega sempre a burrice de surpresa!
Parachoqueando a sátira
Há coisas colocadas num poema,
que o transformam numa coisa feia.
Por exemplo, a privada da cadeia,
uma bufa fedida no cinema;
um qualquer a falar da vida alheia,
uma crosta de pus num eczema;
um tolete na areia de Ipanema,
um drogado a furar a própria veia.
Mas no feio também há poesia!
Há beleza no triste e, quem diria,
até numa piada de salão.
Mas pra ver ou sentir certa beleza
é preciso manter a mente acesa,
a iluminar as brenhas da razão.
A sátira, meu caro, queira ou não,
pega sempre a burrice de surpresa!