Górgona Maldita

Eu vi nas lágrimas o gigantesco caçar

Sobre o desespero dos lívidos ariscos

Sem querer nascido dos pecúlios riscos

Engolindo o silêncio da boca a calar.

Quatro vadias do embrião gelado

Figuravam na cama com seus mouriscos

Envolto no disfarce dos cogentes rabiscos

Partia na fúria no tecido ensangüentado.

Que assim morre a meretriz maldita

Com voz altiva ela ainda tenta gritar

Brandindo verbos desconexos que evita.

Aquele retrocesso no inferno palpita

Nos sulfúreos ódios a grunhir e vomitar

Nas trevas sevas da carne ainda bendita.

DR PAVLOV

Dr Pavlov
Enviado por Dr Pavlov em 04/07/2007
Reeditado em 10/10/2008
Código do texto: T551760
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