Dislexia

Na falha do contexto não conexo,

Nem texto o que ao meu mundo me conecto.

E rabisco o meu testo sem aspecto,

Depois torço a palavra e não me cesso.

Troco aqueles tecidos, quero insultos.

Espesso o meu passado e deixo caro,

Que não sei o porquê de um mundo claro,

Por onde andam tão soltos os enxutos.

Não sei como aprender o que não conciso,

E a coma não resulta nunca em nada.

O meu sono é a soma nunca acordada,

Já não sou mais consigo, mas preciso...

Só queria a palavra em natural,

A minha língua solta e coisa e cal.