"SEM O ROSTO"

Nas noites agrestes longe do consolo.

Cintila-se cabelos pedestres…

arrulhando nos cantos rupestres

que urgem o pesadelo!

Oh! Dorme-se a alma içada,

Daquele jambaloeiro de ramos

Despenteados, de ressaca imunda

Revestida de nós enfermos.

Uh!sou sim, aquele jambaloeiro…

Em que a sombra era tão verde,

E pilharam-na para o estaleiro!

Oh! Sol, porque me assas sem piedade?

Tú que me dormes nos trópicos,

Meus ramos ficam tão tropicais e ocos,

Feito Juncos agrestes pegajosos,

Extrafurando-se labirintos dolorosos.

Ah! Nem mais, farei sombras…

Frondosas para aquela gente dos trópicos,

Longe do hemisfério das penumbras!

Compilado as 19:04 min- 20/01/16

By Matola, Calvino Felizardo

Da obra SOVERSOS 2016

Kalvino Matsolo
Enviado por Kalvino Matsolo em 21/01/2016
Reeditado em 02/06/2024
Código do texto: T5518005
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