AMARGURA.

Então do amor se fez veneno,
Fez-se da paixão o súbito delírio.
E do desejo constante, o efêmero,
Do prazer único, de todo o gênero.

E na boca que já beijei sorrindo,
Vi a dor ao beijar sofrendo.
Diluindo, afogando seu triste oi,
Teu riso era o que nunca foi.

E no exato momento de te possuir,
Não era de exato tanto frenesi.
Só a amargura que me fez sentir.

A loucura que era premente,
Em árido corpo, frio delirante,
Desfez o constante, o êxtase.
Uma Mulher Um Poema
Enviado por Uma Mulher Um Poema em 29/01/2016
Reeditado em 10/04/2016
Código do texto: T5527429
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