Sonho e esperança

Deixe que os sonhos errem pela bruma

que inebria os espíritos valentes,

com seus aromas doces e envolventes,

como as emanações que exala a espuma.

Como a água que por entre às pedras ruma,

polindo as superfícies brandamente,

o mesmo faz o sonho nestas mentes

exaustas de viver na ação nenhuma.

O sonho faz que a mágoa se disperse

em derredor, até que se desfaça

em grânulos passivos, a cair.

E então há de colher-se a extensa messe,

que erige-se nas almas com sua graça,

pois maior que o tormento é o porvir.

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 01/02/2016
Reeditado em 25/06/2016
Código do texto: T5530619
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