Lago Guaíba

Por cima do muro, espio

teu caudaloso manancial,

agora lago, já foi rio,

navegadouro comercial.

Choro o lastimável estado,

tuas águas envenenadas,

tuas praias tão poluídas,

teu leito por mim navegado.

Só os ilhéus, por teimosia

tiram das tuas águas, sustento

na pesca do dia-a-dia.

O pôr-do-sol, cartão postal,

do lago sentido lamento,

fim de tarde na capital.

Poeta da Periferia
Enviado por Poeta da Periferia em 06/07/2007
Código do texto: T554066