Lago Guaíba
Por cima do muro, espio
teu caudaloso manancial,
agora lago, já foi rio,
navegadouro comercial.
Choro o lastimável estado,
tuas águas envenenadas,
tuas praias tão poluídas,
teu leito por mim navegado.
Só os ilhéus, por teimosia
tiram das tuas águas, sustento
na pesca do dia-a-dia.
O pôr-do-sol, cartão postal,
do lago sentido lamento,
fim de tarde na capital.