Caçador de Saudades

Gosto do que põe saudade na gente,

A inocular doídas alegrias,

Esplendentes no viver, de repente,

De tão vida...à luz da nostalgia.

De flores de chanana e rouxinol,

De canário e galos na madrugada,

De amanheceres, de pores-de-sol...

Cantiga da cigarra... e rede atada,

Da melodia da chuva no telhado,

Do cheiro gostoso do chão molhando...

De toda a natureza do sertão;

Aperta e alivia; dói com alegria...

Mesmo caço saudades todo dia,

Para alimentar o meu coração.

Sobral (CE), 22 de janeiro de 2016

Carlos Augusto Guimarães
Enviado por Carlos Augusto Guimarães em 15/02/2016
Reeditado em 19/05/2024
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