Cacos

A derrota pertence a quem vai lutar

Desarmado do sonho de seus versos.

Desde cedo eu recolho meus reflexos,

Espelhados no tempo e vento e ar.

Queria só saber sobre o passado,

Mas sem ter que passar em parte a vida

Ao pressuposto par da mente ungida,

Que precede ao oposto ser formado.

Tantas lutas perdi, mas nem tentei...

Quantos versos não fiz por medo apenas,

Deixando enferrujar todas as penas,

E mofar o papel, meu nobre rei.

A vitória é daquele, pois que acorda

A todos por seu sonho que transforma.