O gramíneo e verde chão da infância

Sobre as terras hostis, entre a macega,

todo o meu passo é a dor do sofrimento,

e toma o coração meu desalento

que entorpece o sonhar e o amor renega.

E a flor que ao longe o orvalho tanto rega,

é uma ilusão distante que aqui dentro

ainda cultivo e espero, neste intento

de glória, a boa ação na gente cega.

Quisera retornar às doces horas,

quando o sol reluzia nas auroras,

tingindo o céu com sua rutilância;

onde alegre o menino então corria,

co' este riso que da alma principia,

pelo gramíneo e verde chão da infância.

Marcel Sepúlveda
Enviado por Marcel Sepúlveda em 18/02/2016
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