TEUS NEGROS CABELOS
Os teus cabelos, tão negros como a dor,
São cachoeiras bravias de desejos
Que a alma do vate inunda em mil lampejos
Afogando-a num inconsciente torpor!
Como ansiei tocá-los, até por candor!
Porém eu sei: não haverá ensejos;
Quimera que o vate viveu sem pejos
No lírico mundo onde reside o amor!
Mas, retornando à vida em solidão,
Sondando o que restou no coração
Me pego a te escrever assim tristonho:
De tudo, restou-me a ilusão vivida
Que uso como mortalha enegrecida,
A envolver o cadáver do meu sonho!
Imagem: Google
Som: Vivir ( desconhecido)
Os teus cabelos, tão negros como a dor,
São cachoeiras bravias de desejos
Que a alma do vate inunda em mil lampejos
Afogando-a num inconsciente torpor!
Como ansiei tocá-los, até por candor!
Porém eu sei: não haverá ensejos;
Quimera que o vate viveu sem pejos
No lírico mundo onde reside o amor!
Mas, retornando à vida em solidão,
Sondando o que restou no coração
Me pego a te escrever assim tristonho:
De tudo, restou-me a ilusão vivida
Que uso como mortalha enegrecida,
A envolver o cadáver do meu sonho!
Imagem: Google
Som: Vivir ( desconhecido)