NAS DO NOSSO ODIANA * Num terno enlevo

Talvez eu seja os versos que te escrevo

neste deslumbramento da Poesia

que vai além de nós, num terno enlevo,

e ganha a fantasia da magia.

Talvez meus versos sejam o delírio

da sede que em teus lábios queima intensa

e quer-me a chama trémula dum círio

a arder no sacrifício que te incensa.

Enleio derradeiro da promessa

cumprida de alma pura de ternura

que em lágrimas da vida se despeça.

Que o teu regaço ampare o meu Outono

e eu leve o teu soluço de amargura

para os confins do nada e do abandono!

José-Augusto de Carvalho

Alentejo, 19/12/2015

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 27/02/2016
Reeditado em 03/08/2018
Código do texto: T5556980
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