SONETO À DESGRAÇA DO AMOR
Amor, cala esta tua voz nefasta
Cala de vez a tua boca imunda
Que deixaste a esperança moribunda
E a bonança da vida já me afasta
Morre Amor, e que morra assassinado
Em estado aumentado de tortura
A mesma que me impele e faz usura
Pra que em meus versos sejas exaltado
Chega Amor, cessa teus golpes brutais
Pois já fez de meus versos teu altar
Então pára pois não aguento mais
Se só queres ver-me despedaçado
Faz meu coração, Amor, teu jantar
Celebra a minha morte, desgraçado!