SEM NINHO

Ave solitária e sem companhia,
lamento o passar de cada dia,
vendo os céus mudarem de cor,
e eu, assim, completamente sem amor.

Minhas asas, cansadas de meu próprio peso,
planam num vôo incerto, à procura de um ninho.
Talvez, encontrasse em algum lugar outro carinho,
para refazer aquilo que o tempo não deixa ileso.

Amargurada a alma dessa ave, que clama,
sofrendo em silêncio porque ainda ama
e pelo amor que foi totalmente silenciado.

Distâncias inúteis percorridas à esmo,
quando todos os abismos de si mesmo,
forçam os pousos num lugar abandonado...



MORGANA CANTARELLI
Enviado por MORGANA CANTARELLI em 09/07/2007
Reeditado em 10/06/2013
Código do texto: T557832
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.