A bunda

Contida, censurada, despida

no mar em que a nobreza afunda,

insolente e destemida,

emerge, gloriosa, a bunda!

Elogios não lhe sobem a cabeça,

até porque cabeça não tem.

Mas não há quem da própria, não esqueça

ao gingado de seu vai e vem.

Habita pensamentos impuros,

biquínis, revistas ou jeans.

Incita o marido ao perjúrio,

se pego em olhares afins.

E a santa prossegue sem culpa,

torturando os desejos que ocupa!

Fonseca da Rocha
Enviado por Fonseca da Rocha em 02/04/2016
Reeditado em 15/04/2016
Código do texto: T5592574
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